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quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Exercícios resolvidos de Geografia sobre a Reforma Agrária

1. UEPB 2005 - O conceito moderno de “Reforma Agrária” justifica-se pela:
I. democratização do acesso à terra, mudanças no texto da Constituição estabelecendo um tamanho máximo das propriedades e a consolidação da agricultura familiar no universo das tecnologias contemporâneas.
II. democratização do acesso ao capital, onde os beneficiários da distribuição de terras possam contar com empréstimos para investimentos na produção.
III. democratização do acesso à educação, moradia e da utilização de serviços no meio rural.
Está(ão) correta(s)
a) apenas as proposições I e III.
b) apenas a proposição I.
c) apenas a proposição II.
d) apenas a proposição III.
e) as proposições I, II e III.

2. UECE 2013.2 - No Brasil, as questões relacionadas à reforma agrária e à terra são antigas e bastante complexas, envolvendo interesses diversos em um constante cenário de conflitos. Analise as seguintes afirmações a respeito da reforma agrária no Brasil:
I. O modelo de reforma agrária desenvolvido no Brasil favorece apenas aos grandes produtores rurais e à atividade agroindustrial.
II. Apesar das lacunas, atualmente o modelo de reforma agrária brasileiro tem buscado associar viabilidade econômica, sustentabilidade ambiental e desenvolvimento territorial.
III. A desconcentração da estrutura fundiária e a diminuição da migração campo-cidade não podem ser citadas como consequência do processo de reforma agrária.
É INCORRETO o que se afirma em
A) I e III apenas.
B) I e II apenas.
C) II e III apenas.
D) I, II e III.

3. UDESC 2007  - Sobre a Reforma Agrária no Brasil, é correto afirmar:
a) O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) nasceu do interesse dos ruralistas descontentes com a política de subsídios para a agricultura.
b) A Reforma Agrária é necessária no Brasil por causa da grande concentração de terras do país, e está prevista na Constituição de 1988.
c) Posseiros e grileiros fazem parte do mesmo grupo de invasores de terras e são comandados por grandes fazendeiros, representantes da UDR (União Democrática Ruralista), que lutam pela Reforma Agrária.
d) O módulo rural institui os latifúndios e minifúndios e facilita a exploração da terra.
e) As empresas rurais diminuem a concentração de terras e são uma alternativa para o movimento dos sem-terra.

4. UNIFAL-MG 2000 - "Tem muita gente sem terra tem muita terra sem gente"  (Cartaz do MST, inspirado nos versos de lavradores de Goiás.) 

A luta pela terra no Brasil existe há décadas e já fez várias vítimas entre trabalhadores do campo, religiosos e outros. Entre as principais razões dos conflitos de terra no Brasil, pode-se citar:
a) a disputa pelas poucas áreas férteis em nosso território, típico de terras montanhosas.
b) a concentração da propriedade da terra nas mãos de poucos e a ausência de uma reforma agrária efetiva.
c) a divisão excessiva da terra em pequenas propriedades, dificultando o aumento da produção.
d) a perda do valor da terra agrícola pelo crescimento da industrialização no nosso país.
e) a utilização intensiva de mão-de-obra permanente, onerando o grande produtor rural.

5 . MACKENZIE 2000 - Só produzir alimentos não é o bastante para acabar com a fome. O importante – sobretudo nos países e nas regiões onde a população rural é grande e tem taxas de crescimento demográfico elevadas  – é que se consiga uma integração orgânica entre o combate à fome e a produção de alimentos por parte dos pobres que vivem no campo.
Abramovay, R. – Folha de São Paulo – 18.06.95 O texto pode ser utilizado como argumento a favor:
a) do desenvolvimento industrial.
b) do controle da natalidade.
c) da reforma agrária.
d) da distribuição de cestas básicas.
e) da exportação de produtos agrícolas.

6 . UFSCAR 2009 - A partir dos anos de 1990, várias legislações regulamentaram aspectos da reforma agrária no Brasil. Entre elas, destacam-se:
1. Alteração da Lei do Rito Sumário: regulamentou a imediata posse, pelo governo, das terras em processo de desapropriação para fins de reforma agrária, após depósito judicial correspondente ao preço oferecido pelas benfeitorias e do lançamento dos Títulos da Dívida Agrária, para pagamento do valor da terra nua. Assim, mesmo que o proprietário entre com contestação judicial contra qualquer aspecto do processo de desapropriação, a posse da terra tornou-se imediata para o Governo.

2. Aumento do Imposto Territorial Rural para os proprietários de grandes extensões de terra e pequeno grau de utilização produtiva, que pode chegar a 20% do valor da propriedade. 3. Proibição de que a propriedade rural ocupada por trabalhadores rurais sem terra seja vistoriada ou desapropriada para fins de reforma agrária durante a ocupação e nos dois anos seguintes à sua desocupação. Considerando o teor dessas legislações, pode-se dizer que:

a) todas elas representam vitórias políticas decorrentes da organização dos movimentos sociais no campo, que tomaram grande impulso ao longo dos anos de 1990.
b) demonstram a força política dos grandes latifundiários, pois reduzem a ação dos movimentos de luta pela terra e implementam o pagamento das terras desapropriadas.
c) ilustram a postura política dos governos da década de 1990 que, pressionados pelo avanço dos movimentos sociais, resolveram os conflitos por posse de terra no país.
d) representaram um retrocesso, pois impediram ou restringiram a aplicação das leis da reforma agrária aprovadas na Constituição de 1988.
e) refletem interesses opostos, pois em parte atendem demandas dos movimentos de luta pela terra e, por outro, protegem interesses dos proprietários de terras.

7. UFRN 2007 - Nas últimas duas décadas, têm sido cada vez mais freqüentes noticiários destacando conflitos pela posse da terra em diversas regiões do Brasil. Dentre as causas responsáveis por tais conflitos, pode-se identificar:
a) ampliação do mercado de terras, promovendo a sua desvalorização e a modernização do processo produtivo.
b) expansão da agricultura familiar, tendo em vista as políticas de crédito agrícolas para a produção moderna de grãos destinados ao mercado externo.
c) cumprimento da função social da terra, como resultante da expansão da fronteira agrícola e das relações não-capitalistas de produção.
d) maior organização dos trabalhadores rurais, que buscam soluções para a questão da terra e para a concretização da reforma agrária.
8. FGV 2007 - A Reforma Agrária pode ter um enfoque distributivo, em que a ênfase seria a divisão da terra e o aumento do número de proprietários rurais, ou um caráter economicista, em que a tônica seria o aumento da quantidade produzida e a eficiência dos métodos de produção. No Brasil, hoje, encontramos defensores das duas propostas que nem sempre convivem de forma harmoniosa. Analise como no Brasil vêm ocorrendo:
A) a reforma distributiva;
B) a reforma em termos econômicos.

9. ENEM 2013
TEXTO I

A nossa luta é pela democratização da propriedade da terra, cada vez mais concentrada em nosso país. Cerca de 1% de todos os proprietários controla 46% das terras. Fazemos pressão por meio da ocupação de latifúndios improdutivos e grandes propriedades, que não cumprem a função social, como determina a Constituição de 1988. Também ocupamos as fazendas que têm origem na grilagem de terras públicas. Disponível em: www.mst.org.br. Acesso em: 25 ago. 2011 (adaptado).

TEXTO II
O pequeno proprietário rural é igual a um pequeno proprietário de loja: quanto menor o negócio, mais difícil de manter, pois tem de ser produtivo e os encargos são difíceis de arcar. Sou a favor de propriedades produtivas e sustentáveis e que gerem empregos. Apoiar uma empresa produtiva que gere emprego é muito mais barato e gera muito mais do que apoiar a reforma agrária. LESSA, C. Disponível em: www.observadorpolitico.org.br. Acesso em: 25 ago 2011 (adaptado).

Nos fragmentos dos textos, os posicionamentos em relação à reforma agrária se opõem. Isso acontece porque os autores associam a reforma agrária, respectivamente, à
a) redução do inchaço urbano e à crítica ao minifúndio camponês.
b) ampliação da renda nacional e à prioridade ao mercado externo.
c) contenção da mecanização agrícola e ao combate ao êxodo rural.
d) privatização de empresas estatais e ao estímulo ao crescimento econômico.
e) correção de distorções históricas e ao prejuízo ao agronegócio.

10. UNICAMP 2000 - “Ser ‘persa’ é ser o estranho, é ser o diferente, é, numa palavra, ser outro. A simples existência do ‘persa’ tem bastado para incomodar, confundir, desorganizar, perturbar a mecânica das instituições. (...) Foram e são ‘persas’ os índios do Brasil (onde os sem-terra representam agora uma outra modalidade de ‘persas’), foram mas já quase deixaram de ser ‘persas’ os índios dos Estados Unidos, foram ‘persas’, no seu tempo, os incas, os maias, os aztecas, foram e são ‘persas’ os seus descendentes, lá onde tenham vivido e ainda vivam.” (José Saramago, Folha de S. Paulo, 07/07/98)

Analise o texto apresentado e responda:
a) Por que o autor chama os “sem-terra” brasileiros de “persas”?
b) Explique o que é o Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra.
c) Considerando a sociedade brasileira, cite outros dois exemplos de “persas” nos dias atuais.

Gabarito - Respostas
1. E
2. A
3. B
4. B
5. C
6. E
7. D
8.
Resposta A: A reforma distributiva ocorre graças aos movimentos sociais que se organizam para pressionar o Governo pela distribuição de terras. O MST tem sido o principal protagonista dessas ações, promovendo invasões, ocupações e pressionando pela criação de assentamentos.
Resposta B: Nas últimas décadas ocorreu uma profunda mudança na agricultura brasileira. A formação dos complexos agroindustriais ampliou a área cultiva

9. E

10. a) Os “sem-terra” são o outro, o diferente, aquele que incomoda as instituições.
b) – movimento organizado de trabalhadores rurais sem terra (MST) – estratégia de luta pela terra a ocupação de propriedades improdutivas ou devolutas – originou-se no sul do país, reconhecido internacionalmente como um dos mais importantes movimentos sociais da América Latina.

c) Negros, indígenas, moradores de rua, favelados, enfim, todas as minorias.

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